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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Portugal cria estratégia para controlar praga de eucalipto

Chamado de “gorgulho do eucalipto”, a praga ataca principalmente as folhas das árvores

                          


Recentemente uma nova espécie de vespa exótica, vinda da Tasmânia (Austrália), foi introduzida nas plantações de eucalipto em Portugal para tentar combater uma praga que está prejudicando as florestas. Chamado de “gorgulho do eucalipto”, a praga ataca principalmente as folhas das árvores.

Mesmo esta espécie de vespa sendo colocada para ajudar, Portugal informou que há uma falta de conhecimento científico e não se conhecem estudos nem relatórios de monitorização divulgados publicamente, que comprovem não existir risco para outros organismos e ecossistemas.

Por isso o governo português colocou em prática o “Plano Nacional de Ação para Controle” das populações do gorgulho do eucalipto que incluem um estudo e avaliação de métodos de luta biológica, em alternativa à utilização de métodos químicos, que permitam um controle das densidades populacionais deste inseto, nomeadamente pelo uso de parasitoides.

A ONG de conservação da natureza Quercus afirmou de que a direção Geral da DGAV (Alimentação e Veterinária) deu autorização para libertação de um novo inseto, parasitoide do gorgulho do eucalipto, a pequena vespa Anaphes inexpectatus, a empresas de celulose do grupo Portucel Soporcel e Altri Florestal. A Quercus informou também que já teria sido efetuada pelo menos três largadas dos insetos parasitoides entre 2012 e 2013 nas regiões de Penela e Arouca.

Segundo a DGAV, estas autorizações foram concedidas para uso confinado e largadas em pequena escala, e tiveram como base recomendações e normas, assim como pareceres favoráveis sobre os estudos apresentados. Contudo, a DGAV não esclarece o teor dos pareceres favoráveis, nem os estudos apresentados pelas próprias empresas, mesmo após solicitação da Quercus relativa à avaliação de impactes e à monitorização científica.

Em nota o instituto RAIZ do grupo Portucel Soporcel e a Altri Florestal assumem ter testado vários parasitoides provenientes da Tasmânia entre 2009 e 2012, mas apenas foi selecionado para estudos de eficácia e especificidade o inseto Anaphes inexpectatus.

A Quercus informou ainda que considera inaceitável a introdução de espécies exóticas em território nacional e de que através do Ministério da Agricultura e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, pedirá ao governo de Portugal que ordene a suspensão imediata da introdução do inseto exótico Anaphes inexpectatus.

Fonte: http://www.painelflorestal.com.br