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quinta-feira, 24 de julho de 2014

Brasil é o país que mais perde florestas por ano, diz ONU

Metade das espécies florestais do mundo está ameaçada por causa da agricultura e das mudanças climáticas, mostra primeiro estudo global sobre recursos genéticos florestais

 Floresta Amazônica na região do Rio Negro no Amazonas

Metade das espécies florestais do mundo está ameaçada por causa da agricultura e do impacto das mudanças climáticas e o Brasil é o país que mais perde cobertura florestal por ano em todo o mundo, alertou a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), nesta terça-feira. 

Os dados são do primeiro estudo global sobre recursos genéticos florestais, que mapeou as 8.000 espécies de árvores e vegetais mais utilizadas pelo homem em 86 países. Desse total, cerca de 2.400 são cultivadas com técnicas adequadas e apenas 700 espécies são desenvolvidas por meio de seleção ou melhoramento genético. 

“As florestas fornecem alimento, bens e serviços essenciais para a sobrevivência e o bem estar da humanidade. Esses benefícios dependem da manutenção do rico estoque de diversidade genética contido nas florestas do mundo, que está em risco”, afirmou Eduardo Rojas-Briales, um dos diretores da FAO, no comunicado do órgão. 

Campeões do desmatamento — De acordo com o estudo, os dez países que mais perderam cobertura florestal entre 1990 e 2010 foram Brasil, Indonésia, Nigéria, Tanzânia, Zimbábue, República Democrática do Congo, Birmânia, Bolívia, Venezuela e Austrália. Estima-se que existam entre 80.000 e 100.000 espécies florestais em todo o mundo e essa biodiversidade é o que impulsiona a melhora da produção e qualidade de vegetais usados para a alimentação. Além disso, a variabilidade genética protege o ambiente de pestes e garante a capacidade de adaptação a condições naturais favoráveis, incluindo as causadas por mudanças climáticas. 

O estudo alerta para uma ação urgente para melhor administrar as florestas e seus recursos genéticos, para que a biodiversidade seja mantida a longo-prazo. Além disso, pede o comprometimento dos países para desenvolver programas nacionais para garanti-la.

Fonte: Veja.abril.com.br

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